quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

PAPA MANDA CARDEAL MULLER DEMITIR 3 PADRES DA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ

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Tradução: Gercione Lima


Marco Tosatti, o bem informado e bem respeitado vaticanista Italiano, acaba de revelar um outro desenvolvimento preocupante em Roma. No dia 26 de dezembro, Tosatti relatou em seu próprio website Stilum Curiae que o Papa Francisco tinha acabado de pedir ao prefeito de um dicastério do Vaticano para demitir três de seus sacerdotes, removendo-os de suas funções na Congregação.


Minha própria pesquisa mostrou que este incidente ocorreu na Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), e que foi o próprio Cardeal Gerhard Müller, que agora tem que obedecer a estas novas ordens peremptórias. Além disso, eu consegui descobrir que os três padres envolvidos, são respectivamente, um de nacionalidade eslovaca-americano, um francês e um mexicano. (Uma das minhas fontes é um amigo de um desses três teólogos.) No entanto, ao último dos três foi permitido permanecer por algum tempo a mais em sua posição atual na Congregação.

Consideremos agora alguns dos detalhes específicos que o próprio Marco Tosatti perceptivelmente reuniu para nós. Ele começa o artigo com uma referência à repreensão habitual que o Papa Francisco faz à Cúria Romana no seu discurso de Natal e detecta a raiva óbvia do papa em suas palavras e gestos. Ao olhar para a próprio Curia, no entanto, Tosatti percebe algo que vai mais além da raiva recíproca presente entre os membros da Cúria: "Não se trata de sua resistência, mas do seu medo, seu descontentamento, e um tipo de sentimento que pertence a outro contexto completamente diferente."

Tosatti em seguida faz alusão a uma fonte fidedigna que lhe contou vários episódios recentes ocorridos no Vaticano. Dois deles parecem ser de grande importância e podem também dar-nos alguns vislumbres adicionais sobre os métodos autoritários próprios do Papa Francisco, bem como sua maneira um tanto indireta de governar a Igreja. Mas por hora, devemos primeiramente nos concentrar na matéria dos funcionários da Congregação para Doutrina da Fé, que o próprio Tosatti diz que  "decisivamente é a mais triste":

Um chefe de dicastério recebeu uma ordem para se livrar de três de seus empregados (que trabalham no Vaticano há várias décadas), sem qualquer explicação. Ele recebeu a carta oficial: “Do venerável encargo peço-lhe que para que se demita…”. A ordem era: envie-o de volta à diocese ou à família religiosa à qual ele é afiliado. Ele ficou muito perplexo, porque se tratava de ótimos sacerdotes e pessoas entre as mais capazes profissionalmente. Ele se recusou a obedecer, e pediu audiência ao Papa. Teve, então, que esperar, porque por diversas vezes a audiência foi transferida. Finalmente, ele foi recebido. Ele disse então: Santidade, eu recebi essas cartas, mas eu não fiz nada ainda, porque essas pessoas estão entre as melhores do meu dicastério… o que eles fizeram? A resposta foi: “e eu sou o papa, e não tenho que dar satisfações a ninguém a respeito das minhas decisões. Eu decidi que eles devem ir embora, e tem que ir embora”. Levantou-se e estendeu a mão para  significar que a audiência estava encerrada. Até 31 de dezembro, dois dos três deixarão o dicastério em que trabalharam durante anos, sem ao menos saber o porquê. Para o terceiro, ao que parece, houve uma prorrogação. Mas, há um desdobramento que, se for verdade, como parece ser, é ainda mais desagradável. Um dos dois se expressava livremente, talvez até demais, sobre algumas decisões do Papa. Alguém, muito amigo de um colaborador do Pontífice, ouviu e delatou. A vítima recebeu uma chamada muito dura do número um e depois veio a punição.”[Ênfase adicionada]

Nesta passagem, Tosatti claramente fala sobre uma febre autocrática que parece ter varrido o Vaticano [minha ênfase] E ele conclui seu relatório com as seguintes palavras:

Não é de admirar se o clima, por trás dos muros e palácios, não seja exatamente sereno. É de se perguntar qual crédito podemos dar a toda essa fanfarra sobre misericórdia.. [Ênfase minha]

Assim Tosatti acrescenta outra peça ao quebra-cabeças que diz muito a respeito dos modos e métodos de governo que o Papa Francisco aparentemente utiliza na remoção ou marginalização de prelados ortodoxos, sacerdotes e leigos das posições de influência formativa no Vaticano.

Além disso, no que diz respeito especificamente à Congregação para Doutrina, outra fonte tinha me dito o seguinte, há um mês atrás:

"Uma fonte em Roma disse que todos aqueles que trabalham para a Santa Sé têm medo de falar sobre qualquer coisa por medo de ser visado devido à presença de informantes em todos os lugares. Chegou a comparar à  Rússia stalinista. Ele disse que dois sacerdotes amigos dele, bons homens, foram demitidos da CDF porque foram acusados de serem críticos do Papa Francisco".

Esta mesma fonte de Roma, que é pessoalmente muito honesta e bem informada, relata que esses dois sacerdotes aqui mencionados (que não parecem ser os mesmos que estão envolvidos nos últimos três casos pessoais) receiam que eles não serão os únicos a serem removidos. Eles vêem sua própria remoção apenas como o início de um "grande expurgo" [grifo meu] dentro da Congregação para a Doutrina da Fé, "não diferente do que aconteceu recentemente na Congregação para o Culto Divino do Cardeal Sarah." (Aqui podemos lembrar o fato de que o próprio Marco Tosatti já havia chamado estas mudanças recentes na Congregação para o Culto Divino de um verdadeiro expurgo.)

Também já havíamos reportado recentemente sobre a decisão anterior do papa de remover os membros da Pontifícia Academia para a Vida, que é amplamente conhecida por sua posição firme em defesa da vida humana. Aqui está o que uma fonte bem-informada relatou-me então sobre este incidente:

No final de 2016, a Academia Pontifícia para a Vida foi fechada e todos os seus membros demitidos. A Academia será reconstituída em 2017, com novos estatutos e a Academia será novamente repovoada. O processo para a nomeação dos novos membros da Academia não é conhecido.

Nós também repetidamente temos informado sobre a atmosfera de medo que agora permeia cada vez mais o Vaticano, como igualmente fez um relatório recente do co-fundador da LifeSiteNews.

Durante este próximo ano de 2017 - o centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima – possa a Mãe de Deus ser cada vez mais o nosso auxílio e o nosso refúgio confiável. Que ela nos ajude com aquelas graças necessárias para defender a verdade mais plenamente, bem como manifestar o amor de Cristo, mesmo em face do medo.


Fonte:One peter Five - Pope orders Cardinal Müller to dismiss three CDF priests


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