sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Com ardente preocupação: Nos acusamos o Papa Francisco - parte III de III

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Uma “Prática Pastoral” em Guerra com a Doutrina



O senhor aprovou como a única interpretação correta da Amoris uma moral calculada  que minaria, na prática toda a ordem moral, não apenas as normas da moral sexual que o senhor obviamente busca subverter. Para a aplicação prática, qualquer norma moral pode ser considerada “inviável” por uma invocação talismânica das “circunstâncias complexas” “percebida” por um sacerdote ou bispo em “prática pastoral”, enquanto a norma é piamente defendida como inalterada e imutável como uma “regra geral.”

O critério nebuloso de “limitações que diminuem a responsabilidade e culpabilidade” poderia ser aplicada a todos os tipos de pecado mortal habitual, incluindo a coabitação -que o senhor já comparou com a “verdadeira união” – “uniões homossexuais” – a qual à legalização o senhor se recusou  se opor- e a contracepção, que, incrivelmente, tem declarado como moralmente permissível a fim de evitar a transmissão de doença, que o Vaticano confirmou mais tarde como, de facto, o seu ponto de vista.

Assim, a Igreja estaria “em certos casos” contradizendo, na prática o que ela ensina, em princípio, a respeito da moralidade, o que significa que o princípio moral está praticamente derrubado. No meio da farsa sinodal, mas sem mencioná-lo, o cardeal Robert Sarah, com razão, condenou uma disjunção entre os preceitos morais e sua “aplicação pastoral”: “A ideia de que consistiria em colocar o Magistério em uma bela caixa e separá-lo da prática  pastoral que pode evoluir de acordo com as circunstâncias, modismos e paixões -é uma forma de heresia, uma patologia esquizofrênica perigosa”.

No entanto, como seria tê-lo, com base no “discernimento” por padres ou Ordinários locais, certas pessoas que vivem em uma condição objetiva de adultério poder serem consideradas subjetivamente inculpável e admitidos à Santa Comunhão sem qualquer compromisso com uma emenda de vida, mesmo eles sabendo que a Igreja ensina que a sua relação é adúltera. Em uma recente entrevista o renomado filósofo austríaco Josef Seifert, um amigo do Papa João Paulo II e um dos muitos críticos da Amoris, cujas súplicas privadas para correção ou retração do documento o senhor tem ignorado, observou publicamente o absurdo moral e pastoral que o senhor agora aprova explicitamente:

“Como isso deve ser aplicado? O padre diz ao adúltero: “Você é um bom adúltero Você está em estado de graça. Você é uma pessoa muito piedosa de modo a obter a minha absolvição sem mudar sua vida e pode ir.. para Sagrada Comunhão. ' E vem outro, e ele [o sacerdote] diz: “.... Oh, você é um verdadeiro adúltero. Você deve primeiro confessar. Você deve revogar a sua vida, você deve mudar a sua vida e então você pode ir para a Comunhão”

“Quero dizer, como é que isso funciona? .... Como pode um padre ser um juiz da alma [e] dizer que é um verdadeiro pecador e o outro que é apenas um bom homem inocente,? Quero dizer que parece completamente impossível . Apenas um padre como padre Pio, com visão das almas, poderia dizer isso, e ele [padre Pio] não diria isso ...”.

Com o seu louvor e aprovação, os bispos de Buenos Aires até sugerem que as crianças vão ser prejudicadas se o seus pais divorciados e “recasados” não fossem autorizados a continuar em relações sexuais fora do casamento, enquanto profanam o Santíssimo Sacramento. Um defensor casuístico de seu afastamento da sã doutrina supõe que isso significa que adultério só é um pecado venial se um parceiro em adultério está sob “coação” para continuar a relação sexual adúltera, porque o outro parceiro ameaça deixar as crianças. De acordo com essa lógica moral, qualquer pecado mortal, incluindo o aborto, se tornaria venial apenas pela ameaça de uma das partes em terminar um relacionamento adúltero se o pecado não estiver comprometido.

Pior ainda, que fosse possível, os bispos de Buenos Aires, dependendo exclusivamente de suas novidades, se atrevem a sugerir que as pessoas que continuam habitualmente em relações adúlteras vai crescer em graça enquanto, sacrilegamente, receberem a Sagrada Comunhão.

Assim, o senhor não tem planejado nenhuma mera “mudança de disciplina”, mas sim, uma mudança radical da doutrina moral subjacente de forma que se institucionalize uma forma de ética da situação na Igreja, reduzindo preceitos morais objetivos e universalmente vinculativos a meras regras gerais a partir das quais haveria inumeráveis “exceções” subjetivas baseadas em “circunstâncias complexas” e “limitações” que supostamente reduzem pecados mortais habituais em pecados veniais ou mesmo meras falhas que não colocam nenhum impedimento para a Sagrada Comunhão.

Mas Deus encarnado não admitia essas “exceções” quando Ele decretou em Sua autoridade divina: “Todo aquele que repudia sua mulher, e casa com outra, comete adultério; e quem casa com a que foi repudiada pelo marido, comete adultério ( Lc 16:18).”

Além disso, como a Congregação para a Doutrina da Fé, sob João Paulo II declarou a rejeição da “proposta Kasper” que tem sido claramente a sua proposta: “Essa norma [excluir os adúlteros públicos dos sacramentos] não é de todo uma punição ou a discriminação contra os divorciados que voltaram a casar, mas exprime uma situação objetiva que, por si, torna impossível a recepção da Sagrada Comunhão.”

Ou seja, a Igreja nunca pode permitir que aqueles que vivem em adultério serem tratados como se as suas uniões imorais fossem casamentos válidos, mesmo que os parceiros de adultério efusivamente afirmem inculpabilidade subjetiva, enquanto conscientemente estão vivendo em violação do ensino infalível da Igreja. O escândalo resultante seria corroer e, finalmente, arruinar a fé do povo, tanto na indissolubilidade do matrimônio como na presença real de Cristo na Eucaristia. Com a sua aprovação total, a admoestação dos bispos de Buenos Aires rejeitaram a Familiaris Consortio de João Paulo II que diz “se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos ao erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimónio.”
Neste exato momento na história da Igreja, portanto, o senhor está levando os fiéis “ao erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio.” De fato, assim determinado, é o senhor que impõe sua vontade errante sobre a Igreja que, em Amoris (n . 303) o senhor se atreveu a sugerir que o próprio Deus perdoa as relações sexuais dos divorciados e “recasados” se eles não podem fazer melhor em suas circunstâncias “complexas”:

“No entanto, essa consciência pode reconhecer não só que uma situação não corresponde objetivamente às exigências gerais do Evangelho. Também pode reconhecer com sinceridade e honestidade aquilo que, por agora, é a respost generosa que pode ser dada a Deus, e descobrir com certa segurança moral que essa é a entrega que Deus mesmo está reclamando em meio à complexidade concreta dos limites, embora, todavia, não seja plenamente o ideal objetivo”.

Em sua carta a Buenos Aires, ao aprovar explícitamente a Sagrada Comunhão para alguns adúlteros públicos o senhor também prejudicava a capacidade dos bispos mais conservadores manterem o ensino tradicional da Igreja. Como pode bispos dos Estados Unidos, Canadá e Polónia, por exemplo, continuarem a insistir na disciplina bimilenar da Igreja, intrinsecamente ligado à verdade revelada, depois do senhor tê-la dispensado em Buenos Aires sob a autoridade de sua “exortação apostólica”? Com que base eles vão enfrentar uma multidões de objeções, agora que o senhor sacudiu o solo da Tradição sob seus pés?

Em suma, depois de sua astuta ambiguidade artística em relação aos adúlteros públicos com relação à Confissão e da Santa Comunhão, o senhor declara agora com igual astúcia a derrubada da doutrina e prática da Igreja, empregando uma carta “confidencial” que o senhor sabia que vazaria, enviada em resposta a um documento de Buenos Aires que o senhor pode muito bem ter solicitado como parte do processo que vem conduzindo desde que foi anunciada a farsa do “Sínodo sobre a Família”.

Tal como escreveu o intelectual e autor católico Antonio Socci: “É a primeira vez na história da Igreja que um Papa colocou sua assinatura numa anulação de lei moral.” Nenhum Papa anterior jamais perpetrou tal ultraje.



“Exceções” à lei moral não pode ser limitada


É curioso, no entanto, que o seu novo cálculo moral não parece aplicar-se a um outro grupo de pecados que o senhor condena constantemente enquanto observa cuidadosamente o politicamente correto. Por exemplo, em nenhum lugar o senhor indica quais “circunstâncias complexas” ou “limitações que diminuem a responsabilidade e culpa” podem desculpar os mafiosos que o senhor “excomungou” retoricamente em massa e aqueles que alertou para o inferno, os ricos que o senhor condena como “sanguessugas” ou os católicos praticantes ou o senhor absurdamente acusa por “pecado de advinhação”e o “pecado de idolatria”, porque eles não aceitam “as surpresas de Deus”, isto é, as suas próprias novidades.

Seu pontificado parece ter concentrado em declarar anistia apenas para os pecados da carne, os mesmos pecados que Nossa Senhora de Fátima avisou, que mais envia almas para o inferno do que qualquer outro. Mas o que lhe faz pensar que o gênio moral que tem deixado sair da lâmpada, que o senhor chama de “o Deus das surpresas”, pode ser limitado só aos  preceitos morais que o senhor acha que são demasiado rígido na sua aplicação? Ao criar exceções para um preceito moral que não suporta exceções, acaba anulando todos. Seu novo ataque aos fundamentos da fé e ameaçam derrubar todo o edifício moral da Igreja “como um castelo de cartas” - é o mesmo resultado que o senhor diz que promovem os católicos praticantes com base em seu suposto “rigorismo” e adesão a “regras mesquinhas”.

Mas o senhor não se preocupa com as consequências óbvias. Quando perguntado sobre sua posição frente a oposição dos “ultraconservadores”, referindo-se aos bispos e cardeais ortodoxos, o senhor respondeu com despreocupada arrogância,  marca do seu governo na Igreja: “Eles fazem o seu trabalho e eu o meu. Eu quero uma igreja aberta, compreensiva, que acompanham as famílias feridas. Eles dizem não a tudo. E eu sigo para frente, sem olhar para trás.”

Com uma incrível demonstração de desprezo orgulho com a Igreja  qual ele foi eleito chefe, o senhor se atreveu a dizer: “a Igreja mesmo às vezes segue uma linha dura, cai na tentação de seguir uma linha dura tentado apenas enfatizar padrões morais, por isso, muitas pessoas estão excluídas “.

Nunca um Papa havia declarado que remediaria pessoalmente a falta de abertura e compreensão da Igreja e sua “tentação” de seguir uma “linha dura” na moral para “excluir” as pessoas. Tais pronunciamentos arrogantes levam a crer que a sua inesperada eleição representa quase um desenvolvimento apocalíptico.


Ignorando toda súplica, o senhor avança com sua “revolução”.


Enquanto avançava com sua obra de destruição, ignorou todas as súplicas endereçadas ao senhor em privado, incluindo inumeráveis pedidos para  que afirme que Amoris Laetitia não se desvia do ensinamento anterior, bem como um documento elaborado por um grupo de especialistas católicos que identificaram no documento fragmentos heréticos e errôneos em Amoris e pediu-lhe que os condene e elimine. É evidente que o senhor não tem intenção de aceitar a correção fraterna nenhuma, nem mesmo dos cardeais que lhe pediram para “esclarecer” a sua conformidade com o ensinamento imutável do magistério.

Ao contrário, quanto mais alarmado os fiéis, o senhor agi com mais ousadia. Seguindo na prática o programa de relaxamento do ensinamento moral da Igreja sobre a sexualidade, o senhor autorizou que o Conselho Pontifício para a Família publique o primeiro programa de “educação sexual” promulgada pela Santa Sé. Uma das associações de leigos que se levantaram para defender a fé em meio ao silêncio geral da hierarquia frente a seu ataque com novidades destruidoras, publicou um resumo desta a horrenda matéria que flagrantemente viola o ensinamento imutável da Igreja, que se opõe a todas as formas explícita de “educação sexual”:

  • Coloca a educação sexual de crianças nas mãos de educadores deixando os pais  de fora da equação.

  • Falta nomear e condenar comportamentos sexuais como a prostituição, fornicação, adultério, sexo com uso de contracepção, a homossexualidade e masturbação, como ações objetivamente pecaminosas que destroem a caridade no coração e afasta o homem de Deus.
  • Falta alertar os jovens sobre a possibilidade da separação eterna de Deus (condenação) por cometer atos sexuais graves. O inferno não é mencionado sequer uma vez.

  • A falta de distinção entre pecado venial e mortal.


  • Não menciona o sexto e o nono mandamento, ou qualquer outro mandamento.

  • Falta ensinar sobre o sacramento da confissão como uma forma de restaurar o relacionamento com Deus após o pecado grave.

  • Não menciona o saudável senso de vergonha sobre o corpo e a sexualidade.

  • Ensina que meninos e meninas fiquem na mesma sala de aula.

  • Permite que as crianças na classe compartilhem sua compreensão de frases como: “O que lhe sugere a palavra sexo?”

  • Pede uma aula mista que “ mostre onde o ponto da sexualidade está localizado em meninos e meninas.”

  • Ele fala do “processo de excitação.”

  • Usa imagens sugestivas e sexualmente explícitas em cadernos de trabalho.

  • Usa filmes de sexo explícito como fonte  para discussão ....

  • Não menciona o aborto como algo muito errado, mas como algo que causa “um grande dano psicológico.”

  • Confunde jovens usando frases como “relação sexual” não para indicar o ato sexual, mas uma relação baseada na pessoa.

  • Fala da “heterossexualidade” como algo a se “descobrir”.

  • Utiliza uma “celebridade” gay como um exemplo de pessoa talentosa e famosa.

  • Aprova o paradigma do “namoro” como um passo para o casamento.

  • Não enfatiza o celibato como a forma mais elevada de entrega que representa o verdadeiro significado da sexualidade humana.

  • Deixa de mencionar os ensinamentos de Cristo sobre o matrimônio.

Esta associação também observa que a matéria viola as regras anteriormente emitidos pelo mesmo Conselho Pontifício. Outra associação de leigos reclama que faz uso frequente de imagens desagradáveis de sexo explícito e moralmente repugnantes, não consegue identificar claramente as fontes da doutrina católica como os Dez Mandamentos e o Catecismo da Igreja Católica, e ameaça a inocência e integridade dos jovens que estão sob os cuidados legal de seus pais. Lideranças leigas de famílias católicas tem o denunciado por ser “totalmente imoral”, “totalmente inadequado” e “muito trágico”, como afirma um deles. “os pais não devem ser enganados: o pontificado do Papa Francisco marca a subjugação das autoridades do Vaticano pela revolução sexual mundial e ameaça diretamente os seus próprios filhos.”

Mas essa mudança radical em relação ao ensino e prática só segue as novidades de Amoris, que proclama a necessidade de educação sexual nas “instituições de ensino”, enquanto ignora completamente o ensinamento tradicional da Igreja, segundo a qual são os pais, e não professores em salas de aula, que têm a responsabilidade primária para fornecer todas as informações necessárias na formação dos seus filhos nesta questão sensível, tomando cuidado para não “descer aos detalhes”, mas “usando os remédios que produzem o duplo efeito de abrir a porta para a virtude da pureza e feche a porta do vício.”

No entanto, sua “revolução” dificilmente se conteve a questões sexuais. O senhor também convocou recentemente uma comissão que inclui seis mulheres, para “estudar” a questão das “diaconisas”, que já havia sido examinado por uma comissão do Vaticano em 2002. A Comissão concluiu que o diaconato pertence ao estado do clero ordenado com o sacerdócio e o episcopado, e que As “diaconisas” da Igreja primitiva não eram ministras ordenadas, mas, apenas ajudantes da igreja sem autoridade maior do que as freiras, que realizaram serviços limitados para as mulheres, mas não realizam batismos e casamentos . As “diaconisas” que o senhor parece considerar não seriam mais que mulheres disfarçadas em trajes sacerdotais, uma vez que as mulheres não podem receber qualquer medida do sacramento da Ordem.

Enquanto o senhor continuar a minar o respeito pela seriedade e o caráter sobrenatural do matrimónio sacramental, parece preparar-se para minar ainda mais o respeito pelo sacerdócio masculino já drasticamente diminuído. E depois? Talvez um “afrouxamento” da tradição apostólica do celibato sacerdotal, que  disse ter “em sua agenda.”

E agora, enquanto sua “revolução” continua a se acelerar, o senhor se prepara para visitar a Suécia, em Outubro, onde vai participar de uma celebração conjunta com um bispo “casado luterano,” chefe da Federação Luterana Mundial que aprova o aborto e o casamento gay , para “comemorar” a chamada Reforma lançado por Martinho Lutero.

É inconcebível que um pontífice romano exalta a memória desse maníaco, o herege mais destrutivo da história da Igreja, que quebrou a unidade do cristianismo e abriu o caminho para a violência ilimitada, derramamento de sangue e o colapso da moral em toda a Europa. De acordo com uma declaração infame de Lutero: “Quando destruir a missa vamos ter destruído o papado na sua totalidade. Todos estes cairão, quando a sua missa sacrílega e abominável tenha sido reduzida a pó”. É extremamente irônico que o herege supremo que o senhor pretende honrar com a sua presença proferiu essas palavras em uma carta a Henrique VIII, que liderou o cisma na Inglaterra, porque o Papa não consentia no seu desejo de se divorciar e casar de novo, incluindo o acesso aos sacramentos.


Devemos nos opor


Neste tempo de sua tumultuada posição como “bispo de Roma”, é indiscutível que a sua presença na Cátedra de Pedro é um perigo claro e presente para a Igreja. Perante este perigo, devemos perguntar:

O senhor não está preocupado nem um pouco com o escândalo e confusão causada por suas palavras e ações a respeito da missão salvífica da Igreja e do seu ensinamento sobre fé e moral, especialmente na área de matrimônio, família e sexualidade?

Não  pensou que o aplauso do mundo para a “revolução de Francisco” é precisamente o mau presságio que nosso Senhor nos advertiu: “Ai de vós, quando digam bem de vós todos os homens! Porque assim faziam seus pais aos falsos profetas (Lc 6, 26)”.

Não te alarmam as divisões causadas dentro da igreja, com alguns bispos se distanciando dos ensinamentos de seus antecessores enquanto os “divorciados recasados”, graças a sua suposta autoridade, enquanto outros tentam manter a doutrina e prática de dois mil anos que o senhor intenta derrubar incessantemente?

Não pensa nas inumeráveis comunhões sacrílegas resultantes da sua autorização para a comunhão os adúlteros públicos e outras pessoas em situação irregular, coisa que o senhor já havia permitido em massa quando era arcebispo de Buenos Aires?

O senhor reconhece, por acaso, que a recepção da Sagrada Comunhão por aqueles que vivem em adultério é profanação, uma afronta direta para o corpo do Senhor (1 Cor 11, 29) digno de condenação e escândalo público que ameaça a fé dos outros como Bento XVI e João Paulo II insistiu alinhado com os seus antecessores?

Realmente acha que tem o poder de promulgar “ exceções” “em certos casos” a preceitos morais divinamente revelado para satisfazer o seu ideal pessoal de “inclusão”,  sua visão benigna do divórcio e coabitação, e sua falsa noção do que chama de “caridade pastoral” em sua carta aos bispos de Buenos Aires? Como se fosse pouco caridoso pedir aos fornicadores e adúlteros cessarem seu sexo imoral antes de participar do Santíssimo Sacramento!

O senhor não tem nenhum respeito para o ensino contrário a todos os papas que o precederam?

Finalmente, não teme o Senhor e o Seu Juízo, o senhor constantemente minimiza ou nega em suas homilias e comentários espontâneos, declarando ainda, exatamente o contrário do  CREDO - que “o Bom Pastor ... não veio para julgar, mas para amar”?

Estamos de acordo com a análise do jornalista católico acima mencionado a respeito de sua busca doentia por comunhão para as pessoas envolvidas em sexo imoral: “Tudo isso é inédito. Não há outra palavra para isso”. Além disso, todo o seu inédito reinado deu lugar a uma situação nunca antes vista na Igreja: a de um ocupante da Cátedra de Pedro, cujo comentários, pronunciamentos e decisões atacam a integridade da Igreja e os fiéis devem se cuidar constantemente. O mesmo escritor conclui: “eu digo com muito pesar, mas temo que o resto deste papado será marcado por grupos de dissidentes, acusações de heresia papal, ameaças de cisma - e, talvez, um cisma real. Senhor, tem piedade.”


No entanto, quase toda a hierarquia sofre em silêncio ou celebrar exultante este descalabro. Mas foi durante a crise Ariana do quarto século, quando o Cardeal Newman observou:

Todo o episcopado foi infiel à sua missão, enquanto os leigos foram fieis a seu batismo; que às vezes o Papa, por vezes, o patriarca, um grande bispo de acolhimento metropolitano ou de uma grande sede, outras vezes, os concílios, disseram o que tinha a dizer, ou obscureceram e comprometeram a verdade revelada; enquanto do outro lado estava o povo cristão que, sob a Providência, a expressão da força eclesiástica de Atanásio, Hilário, Eusébio de Vercelli, e outros grandes confessores solitários, que teria falhado sem eles.

Nós, os membros do laicato, embora pecadores indignos, devemos ser fiéis a nossas promessas do batismo e confirmação, não podemos permanecer em silêncio ou passivos contra suas depredações. Estamos obrigados pelos ditames da nossa consciência a acusá-lo publicamente diante de nossos irmãos católicos como exige a verdade revelada, a lei divina e natural, e o bem comum eclesial. Relembrando o ensinamento de São Tomás já referido, para o Papa não há exceções ao princípio da justiça natural pelo qual os indivíduos podem corrigir um superior, mesmo publicamente, quando há um perigo iminente de escândalo sobre a fé. Pelo contrário, a própria razão mostra que, mais do que qualquer outro prelado, o Papa deve ser corrigido até mesmo por seus súditos, se se desviar do caminho certo.

Sabemos que a Igreja não é uma simples instituição humana e é infalivelmente guardada pelas promessas de Cristo. Papas vêm e vão, e a Igreja vai sobreviver mesmo a este pontificado. Mas também sabemos que Deus opera por meio de instrumentos humanos e além dos fundamentos da oração e penitência, espera dos membros da Igreja militante, tanto clérigos como leigos, uma defesa da fé contra ameaças morais de qualquer fonte, mesmo de um papa, como a história da Igreja provou mais de uma vez.

Pelo amor de Deus e da Virgem Maria, Mãe da Igreja, a quem você professa a reverenciar; lhe pedimos que retrate seus erros e desfaça os imensos danos causados ​​à Igreja, as almas e a causa do Evangelho, para não seguir o exemplo do Papa Honório, ajudante e cúmplice da heresia anatematizada por um conselho ecumênico por seu próprio sucessor, trazendo sobre si mesmo a “ira de Deus Todo-Poderoso e dos santos Apóstolos Pedro e Paulo.”

Mas se  não ceder na busca de sua “visão” vangloriosa de uma Igreja mais misericordiosa e Evangélica fundada por Cristo, cuja doutrina e disciplina o senhor manipula ao seu gosto, que os cardeais se arrependido do erro de o ter escolhido honrem  seus juramentos de sangue e publiquem pelo menos um pedido para o senhor mudar de curso ou desistir do ofício que lhe foi imprudentemente confiado.

Enquanto isso, com base na nossa posição na Igreja, somos obrigados a nos opor aos seus erros e incentivar os católicos para se juntarem à oposição, utilizando todos os meios legítimos à nossa disposição para mitigar o dano que parece determinado a infligir no Corpo Místico de Cristo. Todas as outras tentativas falharam, mas não temos outro caminho.

Que o Senhor tenha misericórdia de nós, Sua Santa Igreja, e do senhor como sua cabeça terrena.

Maria, Auxílio dos Cristãos, Orai por nós!


Fonte: CFNews - With Burning Concern: We Accuse Pope Francis: The Remnant & Catholic Family News - III of III

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