quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Os Novíssimos (o juízo particular)

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Por juízo se entende um exame rigoroso de todas a nossa vida perante o tribunal de Deus, seguido pela sentença que vai decidir o nosso destino para toda eternidade.

Há dois juízos, um particular entre a alma e Jesus Cristo imediatamente após a morte; e outro  universal no fim do mundo entre Jesus Cristo e todos os homens reunidos. O juízo universal é uma ratificação ou  confirmação do particular.


Certeza ou prova deste Juízo.


Provas de fé. - Em várias passagens das Escrituras, encontramos frases ou parábolas exemplos que provam a realidade do juízo de Deus. Aqui estão algumas citações: São Paulo diz: Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo” (Hb 9,27).

Jesus Cristo falou do juízo, quando disse: “Esteja sempre preparado (para morrer), porque na hora que menos pensais o Filho do Homem vai pedir conta de sua vida”.
E em outra ocasião: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia e a hora (da morte e do juízo)”.

Também fazem a este propósito as parábolas do homem rico e Lázaro, do administrador infiel (Lucas, 16: 1-9) das dez virgens (Mat., 25).


1) Prova racional. ) São Tomás diz: O homem pode ser considerado como um indivíduo isolado e como parte do gênero humano; em seguida, deve ser submetido a um duplo juízo: a) um particular que é recompensado ou punido de acordo com as suas obras, mas sem ir além de sua sentença, b) Outro juízo, universal em que chegue  ao conhecimento de todos a sentença merecida e todos louvem a justiça ou misericórdia de Deus.

2) Por analogia. - Em toda sociedade bem constituída nunca se condena um homem sem primeiro julgá-lo; por isso Deus, o juiz justíssimo e sapientíssimo, julga o homem para que este entenda a razão da sua salvação ou condenação.

3) O testemunho dos povos. Mesmo as pessoas privadas da luz da fé, acreditavam em um julgamento das almas. Foram encontrados em túmulos egípcios desenhos que retratam o julgamento sob o símbolo de um equilíbrio em que a alma é pesada. O poeta Virgílio em seu “Eneida” (Livro VI, versos 565 e seguintes) faz ver como as almas se apresentam ao juiz Radamanto, que os obriga a confessar seus crimes. Existem crenças similares nos povos selvagens.


Celebração do Juízo.


O juiz será Jesus Cristo como ele mesmo disse: “O Pai a ninguém julga, mas confiou todo julgamento ao Filho”. A razão é porque Jesus Cristo é nosso Redentor e como tal, cabe a Ele pedir-nos conta do uso que fizemos de sua redenção.

Jesus Cristo quando nos jugar já não estará revestido dos atributos da misericórdia, mas da justiça: será um juiz justo que dará às obras boas ou más o seu verdadeiro valor; sábio, que tudo conhece, até mesmo os pensamentos mais suave, não será enganado como os juízes da terra; incorruptível, que não se deixa desviar, como juízes humanos, pôr prêmios ou ameaças; inapelável, do qual não pode ser objeto de recurso para um tribunal superior para mudar a sentença.

Local do julgamento. - Onde a morte surpreendeu o homem, ali se levantará a corte do supremo juiz.

Modo. - Deus irá iluminar a alma com uma luz tão viva, que se verá com apenas um só olhar todos os detalhes de sua vida, a feiura e a gravidade dos seus pecados, bem como a beleza e o mérito de suas boas obras.

Matéria. - Jesus Cristo nos julgará de tudo bom ou mau que tivermos feito, a saber:
a) o mal cometido julgado em suas causas, em suas malícias, nos seus efeitos.
b) o bem voluntariamente omitido (pecado de omissão) feito com negligência, praticada com hipocrisia ou propósitos humanos, por exemplo, para ser visto, aplaudido, etc.
c) Os escândalos dado às almas, às crianças, servos, aos ignorantes.
d) As graças de que se abusou: sacramentos, instruções, remorso, bons exemplos, doenças, reversões de fortuna, bens materiais.

Este julgamento vai ser tão rigoroso que somente os justos serão salvos. Disse São Pedro em sua primeira epístola : “Se o justo a duras penas se salvará, onde irão o ímpio e o pecador?


A sentença.


Concluído o julgamento, Jesus Cristo pronunciará a sentença, que é irrevogável, porque não há nenhuma desculpa para pleitear; nenhum defensor que esperar; e não há lugar para apelar porque a morte termina o tempo de misericórdia e só teremos estrita justiça.
A sentença para a alma justa será: “Vinde, benditos  possuir o reino que está preparado desde a criação do mundo” (Mt, 25, 34.).

Se a alma não estiver  purificada inteiramente de suas faltas veniais, ou tem algo para expiar,  Deus enviará para o Purgatório onde, terminada a expiação, subirá para a glória.
A sentença para a alma culpada será: “Afasta-te de mim, maldito, vá para o fogo eterno que foi preparado para o diabo e seus anjos”(Mateus 25, 41.). Então a alma vai ser lançada no inferno por toda a eternidade.


Descrição do Juízo Universal.


O fim do mundo. – Assim como todo o homem está sujeito à morte e Ressurreição, assim também todo o mundo será destruídos e renovado.

A opinião da maioria dos Pais da Igreja é que a terra e o mundo perecerão, não em termos de substância, mas quanto às qualidades externas e que tomarão um “estado mais perfeito”, mas não serão aniquiladas.

Ninguém sabe quando o fim do mundo acontecerá.

No entanto, as Escrituras nos mostra os sinais remotos e próximos que antecedem o fim dos tempos. Estes são: A pregação do Evangelho por todo o mundo; a conversão dos judeus para a fé de Cristo; uma apostasia geral; a grande maioria dos homens se afastará de Deus, ignorando sua divindade; muitas grandes calamidades no mundo: guerra, revolução, fome, peste, perturbações atmosféricas; o advento do Anticristo que os inimigos de Deus se unirão para lutar contra a Igreja e os cristãos; aparecimento de Elias e Enoque que virão para lutar contra o Anticristo, pelo qual, após três anos e meio serão mortos; Também miseravelmente; grandes cataclismos no universo, terremotos, inundações, escurecimento do sol, da lua, das estrelas e a morte de todos os homens.

A isto se seguirá a ressurreição de todos os homens, das quais falaremos mais tarde.

Lugar do juízo final. Acredita-se geralmente que será no vale de Josafat, cerca do Monte Calvário; Jesus Cristo é muito conveniente que Jesus Cristo julgue os homens no lugar onde eles o julgaram e onde  morreu para salvá-los.

Modo do juízo. – Ressuscitados todos os homens e reunidos no vale de Josafat, Jesus Cristo aparecerá no céu com grande poder e majestade, rodeado por toda a corte celeste e precedido pela Cruz.

Ele começará o juízo: Jesus Cristo abrirá o livro da consciência de cada homem, fechado durante o tempo de vida e exporá à vista e a censura do Universo (Ap., 20, 12. 1 Cor, 4, 5 ..). Ele também publicará os pecados dos justos, mas para a sua glória e a confusão dos maus que não os imitaram em penitência para o pecado.

Pelo ministério dos anjos se fará a separação dos bons e dos maus. Os primeiros serão colocados à direita de Jesus Cristo; os segundos, à sua esquerda.

Em seguida, pronunciará o Supremo Juiz, a sentença de salvação para os bons e de condenação para os maus.

Se cumprirão imediatamente ambas as sentenças: os justos vão subir de corpo e alma para a glória cantando hinos de louvor e triunfo na presença dos réprobos que contemplam desesperados a cena sublime. Enquanto isso, a terra se abrirá e os demônios e condenados de corpo e alma serão engolidos juntos; e ouviram fechar-se atrás de si as portas, que nunca mais se abrirão.

E é tudo estará acabado: não haverá mais tempo; só haverá apenas a eternidade.

Fonte: Adelante la Fe: Los Novísimos (el Juicio particular)




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