quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O Evangelho verde: Salvar almas ou salvar o planeta?




Hoje em dia, não é raro para um católico ouvir sobre a necessidade de cuidar das flores, árvores, pássaros e outras manifestações da criação de Deus. No entanto, aqueles que promovem essa mensagem na Igreja tendem a esquecer a necessidade de converter  inúmeras almas que precisam de salvação. Muitos defendem eloqüentemente  a necessidade de cuidar da irmã árvore, irmã flôr e mãe ave, mas raramente falam da necessidade das almas se arrependerem e serem salvas. Por quê? Simplesmente porque muitos já não acreditam que há algo a ser salvo.

O homem precisa salvação?
Realmente precisa se salvar o homem? Segundo as Escrituras, todo mundo nasce no pecado (Salmos 51: 5) e esta doutrina é conhecida como pecado original. Além disso, todos estão sujeitos à ira de Deus (Efésios 2: 3) por causa de seus pecados. A escritura diz ainda que o homem está sob o domínio de Satanás (Efésios 2: 2).
Tão mau como isso soa, as Escrituras não param por aí; e mais, deixa claro que o homem, depois da queda, está morto no pecado (Efésios 2: 1) e longe de Deus (Colossenses 1, 21). Se levarmos a sério a fé cristã, devemos dizer claramente que o homem tem necessidade urgente de salvação, como o Catecismo da Igreja Católica diz:
A doutrina do pecado original é, por assim dizer, “o reverso” da Boa Nova que Jesus é o Salvador de todos os homens, que todos precisam de salvação e que a salvação é oferecida a todos nós através de Cristo. (389)


Salvação de que?

Neste ponto, seria necessário pergunatar: m concreto, o que há para salvar? Simplesmente, da eterna separação eterna de Deus, isto é, salvar-se do inferno. A fé católica ensina que se a pessoa morre longe de Deus imediatamente desce ao inferno, como o Concílio Ecumênico de Florença diz:
Mas as almas daqueles que morrem em pecado mortal atual ou apenas com o original, vão imediatamente para o inferno, para serem punidas, mas com diferentes penalidades. (Florença, Sexta Sessão, 6 de julho de 1439.)

As Escrituras está cheia de advertências para não morrer longe de Deus, e diz:
E aquele que não foi achado inscrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. (Apocalipse 20, 15)

Em Mateus 10:28, Jesus diz:
E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; ao contrário, deve-se temer  quem pode destruir a alma e o corpo no inferno.

E Hebreus 10:31 adverte:Uma coisa terrível é cair nas mãos do Deus vivo!

Conseqüentemente, há uma clara necessidade de anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, pois é o único meio pelo qual podemos ser salvos da ira de Deus (João 14: 6).

Será que a criação  necessita de salvação?


Há necessidade de salvar o resto da criação? Tecnicamente não; a criação não precisa ser salva. Deve livrar-se da corrupção, como diz em Romanos 8:21, mas não precisam de salvação, uma vez que todas as outras criaturas não têm alma eterna. Então Jesus Cristo confiou aos apóstolos para ir por todo o mundo e pregar o Evangelho às pessoas, não aos pássaros ou as árvores (Mateus 28: 18-20).

O que é mais importante?

Tendo considerado brevemente a diferença entre a situação da criação e o homem, cabe perguntar: o que é mais importante, a salvação das almas ou o cuidado da criação? Jesus responde a nossa pergunta, como ele disse:
Olhai para as aves do céu: não semeiam nem colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vós muito mais valor do que elas? (Mateus 6, 26).

A prioridade do homem sobre o resto da criação é baseado em uma alma eterna, enquanto que as outras criaturas não tem (exceto os anjos). Mesmo o Catecismo da Igreja Católica reconhece a enorme diferença entre o homem e o resto da criação de Deus:
É contrário à dignidade humana para causar sofrimentos inúteis aos animais  ou sacrificar-lhe desnecessariamente a sua vida. É igualmente indigno inverter os valores gastando dinheiro com eles que deveriam remediar um pouco a miséria dos homens. Pode-se amar os animais; mas não pode dirigir-lhes a afeição devida apenas aos seres humanos. (2418)

Prioridades

Tudo isso não significa que o homem não deve ser um bom administrador da criação, Deus lhe deu. É claro que ele deve ser, mas há questões mais importantes para se preocupar mais. Considerando a urgência com que o homem necessita de salvação e são poucos os que entram por essa porta (Mateus 7, 14), talvez seja a hora de lembrar “as disposições mais importantes da lei” (Mateus 23, 23) e começar a lidar com o que realmente importa, ou seja, a salvação das almas.


 Fonte: The Remnant - The "Vegetable Gospel": Saving Souls vs. the Planet





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