quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Uma Missa esquelética para uma Igreja esquelética


Esperávamos uma nova Igreja. Então, eles começaram a mudar a Missa. Eles queriam uma nova igreja e novos dogmas morais. Agora, eles tiveram que retocar a missa católica, a ponto de reduzi-la a um esqueleto de si mesma. E uma missa esquelética, corresponde a um esqueleto de Igreja, constituído por uma dogmática e moral também esquelética.

A nova liturgia tentou anular dois milênios da história cristã, com a ilusão de voltar a alguns míticos princípios do cristianismo. Os homens que fizeram a reforma pós-conciliar elegaram que era necessário simplificá-la à luz da essência do rito católico. Eles consideraram substancialmente negativo todo o trabalho ao longo de muitos séculos que a Igreja fez para que o rito católico fosse cada vez mais claro e educativo. Eles suprimiram quanto quiseram, considerando quase todos os ensinamentos como negativos e o resultado foi uma missa esquelética. A Missa cheia de lacunas e reticência. Lacunas e silêncios que foram supridos com a fantasia do celebrante e dos fiéis. As fantasias se multiplicaram e são tantas como igrejas no mundo, porque sabe-se que não se pode viver deum esqueleto: homens colocar carne no esqueleto, mas a carne e sangue que lhes dão não são as de Deus, mas a ditadura da mentalidade comum. Assim, dependendo do tempo, temos conhecido missas socialista, misses intimistas, missas alegres, missas verborrágicas, missas de cura, missas carismáticas, missas missionárias, missas rápidas e tudo que você quiser... Em suma, cada um com sua própria missa para adequar à sua variante particular do cristianismo.

Empobrecida assim, a missa já não alimenta, e tiveram de recorrer às várias ideologias do momento para colocar o que estava faltando. Ao afastar-se tanto de Deus, teve que substituir tomando muito do homem, para ainda ser considerada útil. É uma tragédia, a perda de coração católico, isto é, da redenção realizada por Cristo crucificado.

E a tragédia se propaga por todo o corpo Católico: a nova missa, esquelética, cheio de lacunas, tornou-se tão ambígua que produz um cristianismo esquelético, do dogma à moral são esquelético; um cristianismo ambíguo.

Os sacerdotes, reduzidos a celebrar um esqueleto de missa, têm deixado de serem alimentados e defendidos pela própria missa, que por sua vez não pode nutrir e defender o povo.

Nós conversamos sobre um cristianismo esquelético em seus dogmas:

O que resta para a maioria dos cristãos hoje do dogma católico que nasce da revelação divina? Quase nada. Talvez que Deus existe, e,no final, nos salvará. Não se pode negar que, de toda a revelação, todos os dogmas, todo o catecismo pouco resta em mente da maioria dos cristãos; Mas então, por que Deus revelou? Porque ele tem falado no Antigo e no Novo Testamento, porque cumpriu Revelação em Jesus Cristo? Certamente ele não fez para ser terrivelmente “simplificado” como no cristianismo moderno.

Alguns dirão que podemos esquecer da riqueza bíblica da reforma litúrgica. É verdade, a Bíblia é muito lida, mas também a missa esquelética foi imposta à Escritura, ao ponto em que os cristãos nunca foram tão ignorantes como hoje quanto à história sagrada as Sagradas Escrituras. Embora leiam em algumas ocasiões, eles foram instruídos com a mentalidade da ideologia do momento, que na época servia  para encorpar a missa esquelética.

Temos falado sobre um cristianismo esquelético na moral:

O que resta para maioria dos cristãos hoje da riqueza moral católica? Você pode saber que Deus é amor, que nos amemos uns aos outros, e pouco mais: é inegável que é muito pouco. Da moral católica, da lei e da graça, ninguém sabe quase nada mais. É por isso que estamos tão terrivelmente impotente contra a imoralidade que nos inunda e, acima de tudo, a ideologia da imoralidade,  que querem admitir tudo sob o pretexto do amor. Testemunhamos o cumprimento da apostasia: as leis mais imorais foram promulgadas em meio ao silêncio dos católicos, sob os aplausos de alguns e a falsa prudência dos pastores que se calam em nome da liberdade e do respeito humano. Mais do que uma moral esquelética, é a sua própria morte.

E tudo começou pelo esvaziamento da Missa, quando se está privado de defesas dogmáticas em palavras e gestos.

E o avivamento só vai começar com o retorno da missa verdadeira e totalmente católica.

Os reformadores pós-conciliares queria um novo cristianismo, mais livre, humanamente cativante, e para alcançar, derrubaram as muralhas que protegiam a missa, e se recusaram a defender o cristianismo fundado por Deus. É possível que Paulo VI não tivesse previsto esta tragédia. É possível que fosse tão ingênuo a ponto de reduzir a simplificação e modernização à pura liguagem. É possível, mas a linguagem é o conteúdo; e as lacunas da linguagem são vazias de conteúdo que o mundo corre para preencher como pensa.

É possível que Paulo VI não imaginasse tanto, mas não há dúvida de que, hoje, um papa não consiga mais segurar a deriva sem aceitar o martírio. Na verdade, terá que aceitar o martírio, porque, certamente, se tentar remediar estará sujeito aos ataques do mundo, aquele mundo que tem se infiltrou na casa de Deus. Mas se não aceitar o martírio, corre o risco de não  cumprir a sua missão de Papa.


Fonte: Adelante la fé - La Nueva Misa: Un Esqueleto de Misa para una Iglesia Esquelética




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