sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Bento XVI: "O diálogo pode substituir a missão?"




Centenas de estudantes da Pontifícia Universidade Urbaniana, ouviram atentamente a mensagem que Papa Emérito Bento XVI enviou, por ocasião da inauguração de uma sala de aula que leva seu nome.

Discurso de Bento XVI defendendo Nosse Senhor e o Evangelho como Verdade objetiva, em oposição aos discursos ecumênicos e relativistas de Francisco.

     Mensagem de Bento XVI para os alunos da Pontifícia Universidade Urbaniana

(InfoCatólica) O Arcebispo Prefeito da Casa Pontifícia e secretário pessoal do papa emérito, Mons. Georg Gaenswein, foi responsável por compartilhar a mensagem da nova “Aula Magna de Bento XVIna universidade.


A Renúncia da verdade é letal para a fé

O  Papa Emérito atacou a idéia de que todas as religiões são iguais e a teoria de que o diálogo pode substituir a missão de pregar o evangelho:

  Mas, todavia serve?  Muitos hoje estão se perguntando dentro e fora da Igreja se a missão tem ainda algo de atual.  Não seria mais apropriado estar em diálogo com as religiões pela causa da paz no mundo? A contra-pergunta é: Será que o diálogo pode substituir a missão? Hoje muitos, na verdade, tem a idéia de que as religiões deveriam respeitar-se, e, no diálogo entre elas, formarem uma força de paz . Nesta mentalidade, na maioria das vezes, assume-se que as diversas religiões são uma variação de uma única e mesma realidade, que, "religião", é um gênero comum que assume diferentes formas em diferentes culturas, mas que expressa a mesma realidade . A questão da verdade, que inicialmente inspirou os cristãos mais do que ninguém, ficou à margem. Pressupõe-se que a autêntica verdade de Deus, em última análise, é alcançável e que em sua maioria se possa fazer presente o  que não pode ser explicado com palavras e a variedade dos  símbolos. Esta renúncia à verdade parece real e útil para a paz entre as religiões do mundo, no entan é letal para a fé.

Crítico de Karl Barth e Dietrich Bonhoeffer

O Papa Emérito critica teses de dois  teólogos protestantes do século XX:

Em seu início, a missão cristã percebeu de modo muito forte sobretudo os elementos negativos das religiões pagãs que encontrou. Por esta razão, a mensagem cristã  foi inicialmente crítica sobre as religiões. superando suas tradições que em parte também considerava demoníaca, é que a fé pode desenvolver sua  força renovadora. Com base nesses elementos, o teólogo protestante Karl Barth colocou em contraposição  a religião e a fé, a julgar a primeira completamente negativa, como o comportamento arbitrário do homem que, a partir de si mesmo, se apodera de Deus. Dietrich Bonhoeffer continuou esta afirmação para sustentar um cristianismo sem religião. Esta é certamente uma visão unilateral e não é aceitável.

Buscamos transmitir a alegria

Além disso, Bento XVI recordou que não proclamamos Jesus Cristo para que a nossa comunidade tenha o máximo de membros possível, e muito menos para ter poder. Falamos dEle porque sentimos o dever de transmitir a alegria que nos tem sido dada.”

“Quando André encontrou Cristo, não podia dizer outra coisa ao seu irmão: 'Encontramos o Messias’. E Felipe, que se doou ao mesmo encontro, não podia fazer outra coisa senão  dizer a Bartolomeu que  tinha encontrado aquele sobre quem tinha escrito Moisés e os profetas”, disse ele.

Bento XVI recordou que a alegria exige ser comunicada. O amor exige ser comunicado. A Verdade exige  ser comunicada. Aqueles que receberam a  alegria não pode guarda-la  apenas para si, deve transmiti-la. O mesmo vale para o dom do amor, do dom do reconhecimento da verdade manifestada.”

Ele também observou que “seremos anunciadores críveis de Jesus Cristo quando realmente encontramo-lo nas profundezas de nossa existência, quando, através de um encontro com Ele,nos seja dado a grande experiência da verdade, do amor e da alegria.

E nós conhecemos e cremos no amor”: esta frase expressa a verdadeira natureza do cristianismo.O amor que é realizado e refletido em muitos aspectos nos santos de todos os tempos, é a autêntica prova da verdade do cristianismo”, concluiu.

Um comentário:

  1. O pronunciamento do saudoso Bento XVI me pareceria uma indireta bem direta aos Kasper, Forte, Maradiaga e aos Associados que pretenderiam fundir a verdade de Jesus em verdades ao sabor da moda e das conveniencias, base da execrável “DITADURA DO RELATIVISMO”, da religião globalista da qual foi um exímio e exemplar opositor.
    De imediato, condena que as religiões juntas, cada qual com seu doutrinário e concepções são fatais para a fé católica aceitar se envolver com elas, a começar que todas, à exceção da Igreja, são de fundamentações humanas, muito voluveis, portanto relativistas no âmago, bastando ver a vida até de algumas seitas protestantes, como a TJ como se modificou nos correr das décadas…
    Ponto importante foi subtendido: respeitar as pessoas, não as outras religiões no tal “respeito, acolhimento, diálogo”, muito entronizados hoje em dia, mas não passam de exacerbados sincretismos religiosos e relativismos!
    Tão verdade é que comparemos por ex., 2 grandes religiões: o cristianismo e o paganismo islâmico; são completamente inversas uma à outra: uma imensa oposição entre Cristo e Belial.
    Como poderia a segunda prestar à paz sendo essencialmente uma religião de ódio aos opositores, como provas as mortes de cristãos no O Medio a quem não se curve à ideologia do Islã?
    Henoc

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