terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Jesus Cristo como Nosso Senhor

São mais profundos ainda os mistérios que estas palavras nos propõe a respeito de Jesus. Levam a crer piedosamente que é filho de Deus, verdadeiro Deus como o Pai, que que O gerou desde toda etrnidade.
Além disso, confessamos que é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, perfeitamente igual às duas outras Pessoas Divinas. Nenhuma desigualdade ou diferença pode haver, ou imaginar-se nas três Pessoas divinas, porque em todas elas reconhecemos a existência de uma só natureza, de uma só vontade, de um só poder.
Esta verdade se nos antolha em muitos lugares da Sagrada Escrituras. O mais claro. Todavia, é o testemunho de São João: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, eo Verbo era Deus (Jo 1,1).”

Ouvindo porém que Jesus é filho de Deus, não nos ponhamos a imaginar que em Sua geração exista algo de terreno ou mortal. O ato pelo qual o Pai gera o Filho desde toda a eternidade, não podemos perceber com a inteligência humana. Devemos no entanto crer com firmeza e arrebatados de admiração deste Mistério, cumpre-nos exclamar com o Profeta: “Quem poderá explicar a Sua geração ? (Is 53,8).”Portanto, o Filho tem a mesma natureza, o mesmo poder, a mesma sabedoria que o Pai.
Da parte da geração divina, Cristo não tem irmãos nem co-herdeiros, visto  ser Ele o Filho Único do Pai, enquanto nós homens somos apenas uma formação e obra de Suas Mãos (Is 64,8).
Se entanto considerarmos Sua origem humana (Hb 2,12), veremos que Cristo não só dá a muitos os nomes de “irmãos”, mas também os trata realmente como tais, para que com Ele alcancem ao mesmo tempo a glória da herança paterna. São aqueles que pela fé receberam a Cristo Nosso Senhor (Lc 8,21 e Jo 1, 12-13), e por obras de caridade comprovam a fé que professam de boca. Eis por que o Apóstolo Lhe chamou o “Primogênito entre muitos irmãos (Rm 8,29)”.
Esse termo irmão, usado por Nosso Senhor para os que acolheram, é também é usado pelos protestantes,   como sempre, para justificarem a ideia blâsfema que Maria teve outros filhos, sendo pecadora.
Entre muitas afirmações da Sagrada Escritura a respeito de Nosso Salvador, não é difícil reconhecer que umas Lhe convém como a Deus, outras como a Homem.
Das duas naturezas diversas, Cristo, recebeu também as diversas propriedades. Assim dizemos, com toda a verdade, que Cristo é onipotente, eterno, imenso. Estes atributos Lhe advêm da natureza divina. E dizemos também que Ele sofreu, morreu e ressurgiu. Ninguém duvida que tais fatos só podem ser atribuídos à natureza humana.
Existem ainda outros atributos que convém a ambas as naturezas, como o nome de “Nosso Senhor”, que ora Lhe damos.
Do mesmo modo que Ele é Deus eterno como o Pai, Senhor de todas as coisas. Como Ele e o Pai não são dois deuses diversos, mas inteiramente o mesmo Deus, assim também Ele eo Pai não são dois Senhores diferentes.
Com razão é chamado também “Nosso Senhor” em Sua condição de Homem. É o que nos ensina o Apóstolo: “Humilhou-se a Si mesmo, fazendo-Se obediente até a morte, e morte de cruz. Por essa razão, , Deus também O exaltou e lhe deu um nome que fica acima de todos os nomes, para que ao Nome de Jesus se dobre todo o joelho, dos que estão no céu, na terra, e nos infernos; e toda língua proclame que Jesus Cristo está na glória de Deus Pai” (Fl 2,8).. Após a Ressurreição, Cristo disse de si mesmo: “A Mim foi dado todo poder no céu e na terra” (Mt 28,18).
Como nos resta ainda dizer que, levando nós o nome de cristão, por causa de Cristo, não pode ignorar os imensos benefícios de que Ele nos cumulou, máxime a bondade com que, pela luz da fé, nos fez conhecer todos estes mistérios. Convém, pois, e força é repeti-lo, que nós – com maior obrigação que os outros mortais – para sempre façamos entrega e consagração de nós mesmo a Nosso Senhor e Redentor, na qualidade de escravos totalmente Seus.
Na verdade, assim o prometemos à porta da igreja, quando recebíamos o batismo. Ali declaramos que renunciávamos a Satanás e ao mundo, para consagrar-nos inteiramente a Jesus Cristo.
Mas, desde que, para entrar na milícia cristã, nos entregamos a Nosso Senhor, por tão santo e solene compromisso, que castigo não mereceríamos, se, depois de entrar no grêmio da Igreja, depois de conhecer a vontade e os preceitos de Deus, depois de receber a graça dos Sacramentos, fôssemos viver e segundo as leis e normas do mundo e do demônio, como se no dia do Batismo nos houvéssemos alistado no serviço do mundo e do demônio, que não de Cristo Nosso Senhor e Redentor.
 
Comentário:  Quantos batizados pais e padrinhos ainda lembram desses compromissos? Nesse tempo pós Vaticano II, percebe-se que os pais e os padrinhos assumem um o compromisso de educar de forma cristã quem está recebendo o Batismo, mas, parece ser da boca para fora, e vemos a tragédia do abandono da verdadeira fé que levará muitos a condenação eterna, inclusive os que não cumprem o seu papel de cristianizar os novos cristãos.
 
Catecismo Romano I parte– II artigo – 110 à 112.

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